Om

Que possamos manter Sagrado o Yoga
Que possamos desenvolver nossos espíritos
Que muitos conheçam e pratiquem o Yoga
Que possamos mudar o mundo
Através de boas ações
De um grandioso coração
E da Alma Divina que habita em tudo!

Espero que o conteúdo deste espaço possa lhe inspirar.

Namaskar!

Textos Publicados

Textos Publicados

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Karma

Quarta-feira, 22 de julho de 2009.

Karma – parte I

“Toda ação gera uma reação”.

Parece a terceira lei de Newton, mas esta é a Lei de Karma. Toda a nossa vida, todas as situações com que nos deparamos, companhia, trabalho, filhos, pais são reflexos de nossas ações passadas.

Quando falamos em ações pensamos logo nas ações em si, porém nossos karmas são compostos principalmente dos nossos pensamentos e desejos. Quando crio um desejo crio um karma e a reação deste karma é a realização deste desejo. Quando desejo algo crio uma amarra na mente que é desfeita quando realizo meu desejo. Então os pensamentos e desejos são também karmas.

No campo das ações, quando faço uma ação que causa mal estar a alguém, ela gera uma impressão na minha placa menta (citta). Esta impressão que torna a placa mental mais densa, “pesada”, só é desfeita quando a reação se manifesta, ou seja, quando eu vivencio o mal estar que no passado gerei para outra pessoa. Quando isto ocorre me liberto daquela impressão, daquela amarra na minha mente. A placa mental volta então ao seu estado original.

Daí a importância de entendermos a natureza das nossas ações, incluindo aí pensamentos e anseios, para então construirmos uma vida próspera e feliz. Se pararmos para pensar que toda ação vem precedida de um pensamento, podemos concluir como nossos pensamentos são importantes. Nossas escolhas em vida são feitas a partir dos nossos pensamentos.

No Yoga o estudo e entendimento das nossas ações e pensamentos são abordados nos Yamas e Niyamas (veja nos shastras anteriores).

Quando o yogue se liberta de todas as reações ele alcança a liberação: moksha!

“Moksha Mulam Guro Krpa”

A essência de libertação é a Graça do Guru

Namaskar!

Mahavir Thury

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Retiro

Domingo, 5 de julho de 2009.

Retiro

Lembro-me dos meus primeiros anos de yoga. Os momentos especiais e inesquecíveis da minha iniciação. Era como se eu tivesse terminado de atravessar um enorme deserto e finalmente encontrado um oásis. Meu espírito, na busca, encontrava a presença de um grande Guru. Na presença dos meus mestres pude sentir a presença e a força das práticas do yoga deixados por Ele.

Um dos momentos marcantes da minha iniciação foi num retiro. Os retiros passaram a ser um momento muito importante e especial da minha prática. Viajava 25 horas de ônibus para passar 5 dias praticando, meditando e estudando o yoga. Os retiros, bem diferentes dos que fazemos em Vrajabhumi, eram, e ainda são, num local muito simples. Dormimos em dormitórios sobre colchonetes no chão. Tudo é muito rústico e em alguns momentos bem desconfortável. A rotina bem mais severa constava de pelo menos 5 sessões de meditação por dia, sendo a primeira às 5 da manhã. Mas nada disso é obstáculo, pois o que é alcançado ultrapassa qualquer desconforto. Amargo no início, doce no final...

Eu procuro sempre incentivar os yogues a participar de retiros. Muitos se acomodam nas salas de yoga e não abrem espaço para um aprofundamento. Eu sei que cada um tem o seu momento, mas temos que estar sempre atentos para abraçar as oportunidades.
Nesta semana estamos partindo para mais um Retiro de Yoga. Nosso grupo está quase lotado, mas meu coração de professor sempre pensa como queria que todos estivessem presentes.

Sádhana significa esforço. Não existe yoga sem sádhana.

Namaskar!

Mahavir Thury

domingo, 5 de julho de 2009

Shreya e Preya

Shreya e Preya

Da mesma forma que nossas mentes se movem em duas direções opostas, para dentro de si ou para fora, ela pode experimentar duas formas de prazer: shreya ou preya.

Quando saboreamos nossa sobremesa predileta sentimos prazer. Esta forma de prazer está ligada com a sobremesa e a sensação de prazer que ela promove. Este tipo de prazer é de natureza finita e de curta duração. Dentro de algumas horas nossa mente estará à procura de uma nova forma de satisfação. Os budistas dizem que a busca por este tipo de satisfação é como saciar a sede com água salgada, a mente nunca estará satisfeita. A busca por este tipo de felicidade somente nos leva a um estado de mente superficial e vazia. A mente inquieta estará sempre numa movimentação frenética por uma nova fonte de prazer. Este é o caminho da escuridão.

Preya é um tipo de prazer que é realizado em nossas práticas. Quando entramos em meditação, ou terminamos nossa prática de yoga, podemos sentir um estado de felicidade em nossas mentes. Quando a mente ou o corpo sai de um estado de contração e tensão para um estado de expansão e relaxamento a mente experimenta um tipo de felicidade que é chamada de shreya. Este tipo de felicidade é consistente e permanente, pois o yogue ao senti-la realiza que está alcançando níveis mais e mais profundos de yoga.

O caminho de preya é doce no princípio e muito amargo no final. Shreya é amargo no início e doce no final. . Preya está ligado a um tipo de prazer que cria altos e baixos na vida. Shreya é estável. Não devemos negar preya, reprimir nossos desejos violentamente, porém devemos controlá-los e entender sua natureza e neste discernimento buscar cada vez mais shreya.

Praticar, purificar, sublimar e realizar.

Namaskar!

Mahavir

Lokah Samastha Sukhino Bhavantu

Lokah Samastha Sukhino Bhavantu
Que todos os seres em todos os lugares sejam felizes

O que é Yoga?

Yoga é uma prática milenar que envolve inúmeras disciplinas,
dentre elas a prática dos ásanas, as posturas de yoga. Os ásanas fazem parte do
Hatha Yoga que é a forma do yoga mais conhecida no Ocidente. Além do Hatha Yoga
encontramos outras práticas como a meditação, o kirtan (canto de mantras), o estudo da filosofia e dos textos sagrados,
as práticas de purificação, a conduta yogue...

A meditação é a alma do yoga. Tudo que existe no yoga é para
aperfeiçoar a prática meditativa. É através da meditação que os yogues realizam
o significado mais profundo do termo Yoga:

“Samyoga Yoga Itiyukto Jivatma Paramatmanah”

Yoga é o estado de união da alma unitária com a Alma
Suprema, com Deus.


Yoga Samgha

Samgha significa associação. Quando yogues se reúnem para praticar juntos temos uma Samgha. Hoje, mais do que nunca precisamos de uma Samgha para praticar. A força que é gerada por esta associação faz com que nossas práticas se tornem cada vez mais fortes e profundas. Umas das orientações de grandes mestres do yoga é a importância de satsamgha, boa companhia. A boa companhia torna nosso caminho mais fácil.

Orientações para a Prática do Yoga

• Traga sempre uma pequena toalha para a prática.
• Procure praticar com roupas mais justas. O ideal é praticar com o joelho de fora e camiseta sem manga.
• Respeite o espaço físico e psíquico do yogue ao seu lado.
• Praticar de barriga vazia
• Não beber água durante a prática.
• Evite tomar banho, beber ou comer logo após praticar. Deixe um intervalo de 20 a 30 minutos.
• Atenção durante a prática, siga as orientações do professor.
• Se surgir cansaço pare. Não seja agressivo com seu corpo.
• Durante o período menstrual pratique de forma mais suave. Nestes dias não deve se praticar os ásanas de inversão (Sarvangásana, shirshásana...) .
• Evite sair mais cedo. Caso seja necessário sair anteS do início do relaxamento do grupo. Ao sair avisar o professor.
• Estar sempre vazio.Tenha sempre uma postura humilde junto ao seu professor. Nunca traga à mente a idéia que já tem plena compreensão do que está sendo ensinado. Até mesmo informações que já foram ouvidas inúmeras vezes.
• Qualquer sinal de desconforto durante a prática informe ao seu professor.

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