Segunda-feira, 1 de março de 2010.
Esvaziar
Esta semana nosso shastra será dado pelo Victor Naine, nosso querido aluno de Copacabana. Aqui está seu e-mail:
Mahavir,
Estive mais uma vez lendo e contemplando o koan da xícara de chá e o preparei para falar dele em nossas aulas de Taekwondo, mas achei interessante sugeri-lo para o blog.
Koan é um conto zen que geralmente não é acessível a razão, com metáforas e paradoxos para levar um budista à iluminação. Acho o koan da xícara de chá o maior ensinamento que aprendi. O conheci através de um livro chamado Zen nas Artes Marciais, escrito por um aluno do Bruce Lee. Segue:
Nan-In, um mestre japonês, durante a era Meiji (1868-1912), recebeu um professor de universidade que veio lhe inquirir sobre o Zen. Este iniciou um longo discurso intelectual sobre suas dúvidas.
Nan-In, enquanto isso, serviu o chá. Ele encheu completamente a xícara de seu visitante, e continuou a enchê-la, derramando chá pela borda.
O professor, vendo o excesso se derramando, não pode mais se conter e disse:
“Está muito cheio. Não cabe mais chá!”
“Como esta xícara,” Nan-in disse, “você está cheio de suas próprias opiniões e especulações. Como posso eu lhe demonstrar o Zen sem você primeiro esvaziar sua xícara?”
Namaskar!
Victor Naine
Namaskar!
Mahavir
Om
Que possamos manter Sagrado o Yoga
Que possamos desenvolver nossos espíritos
Que muitos conheçam e pratiquem o Yoga
Que possamos mudar o mundo
Através de boas ações
De um grandioso coração
E da Alma Divina que habita em tudo!
Espero que o conteúdo deste espaço possa lhe inspirar.
Namaskar!
Que possamos desenvolver nossos espíritos
Que muitos conheçam e pratiquem o Yoga
Que possamos mudar o mundo
Através de boas ações
De um grandioso coração
E da Alma Divina que habita em tudo!
Espero que o conteúdo deste espaço possa lhe inspirar.
Namaskar!
Textos Publicados
domingo, 7 de março de 2010
Tirando o Lixo
Segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010.
Tirando o lixo
Muitos alunos relatam como é difícil meditar. "Eu não consigo!", reclamam. Com certeza meditar não é fácil. Mas também não existe nada melhor e mais importante a ser feito no caminho de um yogue. O maior mal que aflige a humanidade é a agitação na mente e o sofrimento constante que este estado sustenta.
Por que é difícil? A mente é forte e de natureza inquieta. Daí a importância da prática regular, persistente e paciente. Ao praticar meditação, a mente vai sendo condicionada e aos poucos ela cede.
Porém existe um ponto que impossibilita até o iniciar desta prática, tornando-a praticamente impossível. É o "lixo na mente". Enchemos nossa mente de lixo! Material totalmente desnecessário que só sobregarrega nossas vidas, obscurece nossa visão das coisas, torna nossos ombros duros e nossas faces tensas. Eckhart Tolle diz que o excesso de pensamentos drena toda a nossa energia vital gerando inúmeros desequilíbrios físicos e mentais.
No filme "Poder além da vida" o mestre dá como um dos primeiros exercícios para o seu discípulo, o de aprender a "tirar o lixo!"
Que é este lixo? Medo, culpa, timidez, apego, desejo, aversão... Se formos mais a fundo o lixo se resume à maior amarra da nossa mente: o Ahamkara, o ego. O ego é a própria mente.
Uma das formas que este ego se manifesta é através da formação da sua imagem a partir da opinião e visão dos outros. Meu Deus! Como vivemos em função do outro! Como isso cansa! Vejo pessoas que gastam boa parte das suas existências sustentado a sua imagem. Todos temos este defeito em diferentes proporções e formas. Alguns vão manifetar a sua imagem com roupas caras, da moda, outros pelo seu intelecto, outros, pode até parecer engraçado, pela pinta de alguém elevado espiritualmente.
O mais difícil é identificar o padrão, pois o ahamkara vai criar meios complexos para que você não o identifique.
Como fazer para identificá-lo?
Acalme sua mente. Observe você mesmo. Observe a motivação das suas ações. Observe o que você faz para você mesmo, para a sua busca e o que você faz só para mostrar para o outro, o que você faz só para construir e manter sua imagem.
Quando vejo alguém com um ego grande, lembro daqueles equilibristas que carregam, numa corda bamba, uma bandeja em cada mão com dezenas de taças cheias empilhadas como uma torre. Dá um trabalho!!!
Por isso... Jogue o lixo fora! Liberte-se!
Esvazie...Quanto mais vazio, mais feliz, mais pleno...
Experimente.
Namaskar!
Mahavir
Tirando o lixo
Muitos alunos relatam como é difícil meditar. "Eu não consigo!", reclamam. Com certeza meditar não é fácil. Mas também não existe nada melhor e mais importante a ser feito no caminho de um yogue. O maior mal que aflige a humanidade é a agitação na mente e o sofrimento constante que este estado sustenta.
Por que é difícil? A mente é forte e de natureza inquieta. Daí a importância da prática regular, persistente e paciente. Ao praticar meditação, a mente vai sendo condicionada e aos poucos ela cede.
Porém existe um ponto que impossibilita até o iniciar desta prática, tornando-a praticamente impossível. É o "lixo na mente". Enchemos nossa mente de lixo! Material totalmente desnecessário que só sobregarrega nossas vidas, obscurece nossa visão das coisas, torna nossos ombros duros e nossas faces tensas. Eckhart Tolle diz que o excesso de pensamentos drena toda a nossa energia vital gerando inúmeros desequilíbrios físicos e mentais.
No filme "Poder além da vida" o mestre dá como um dos primeiros exercícios para o seu discípulo, o de aprender a "tirar o lixo!"
Que é este lixo? Medo, culpa, timidez, apego, desejo, aversão... Se formos mais a fundo o lixo se resume à maior amarra da nossa mente: o Ahamkara, o ego. O ego é a própria mente.
Uma das formas que este ego se manifesta é através da formação da sua imagem a partir da opinião e visão dos outros. Meu Deus! Como vivemos em função do outro! Como isso cansa! Vejo pessoas que gastam boa parte das suas existências sustentado a sua imagem. Todos temos este defeito em diferentes proporções e formas. Alguns vão manifetar a sua imagem com roupas caras, da moda, outros pelo seu intelecto, outros, pode até parecer engraçado, pela pinta de alguém elevado espiritualmente.
O mais difícil é identificar o padrão, pois o ahamkara vai criar meios complexos para que você não o identifique.
Como fazer para identificá-lo?
Acalme sua mente. Observe você mesmo. Observe a motivação das suas ações. Observe o que você faz para você mesmo, para a sua busca e o que você faz só para mostrar para o outro, o que você faz só para construir e manter sua imagem.
Quando vejo alguém com um ego grande, lembro daqueles equilibristas que carregam, numa corda bamba, uma bandeja em cada mão com dezenas de taças cheias empilhadas como uma torre. Dá um trabalho!!!
Por isso... Jogue o lixo fora! Liberte-se!
Esvazie...Quanto mais vazio, mais feliz, mais pleno...
Experimente.
Namaskar!
Mahavir
Kali Yuga
Segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010.
Kali Yuga
Estamos na Era de Kali. Ela é marcada pelo caos. Kali é a consorte do Senhor Shiva no seu aspecto de destruidor. Kali possui um colar de cabeças e normalmente é retratada com uma longa língua para fora e acompanhada de muito sangue e fogo. É a deusa da destruição! Quando as coisas estão erradas, Kali surge com o poder destruidor do fogo e faz tudo começar de novo.
E Era de Kali é marcada por um materialismo extremo. Individualismo, egoísmo, inversão de valores... Tudo está fora do lugar. Os papéis na sociedade estão invertidos, corrompidos. Aquilo que antes era considerado errado passa a ser visto como algo aceitável e comum.
Não vou me deter aos detalhes e descrever como vejo diferentes manifestações desta era. Basta ver as pessoas que foram “escolhidas” como pessoas famosas. Quem são os modelos da sociedade hoje. Dá vontade de rir se não fosse trágico.
Vale a pena aconselhar que haja bastante reflexão neste momento. É preciso trazer de volta as coisas aos seus devidos lugares. Um dos meus mestres falava que devemos desenvolver o gosto por aquilo que é certo, correto! Este é o caminho. É o caminho mais difícil, mas não há outro caminho.
Meu Gurudev falava das cinco faces de Brahma. A face do centro é neutra. As duas faces da direita são benevolentes. Elas enchem de graça e bem-aventurança suas criaturas. As faces da esquerda são as faces da severidade. Quando as coisas não andam bem. Não queiram ver a face da extrema esquerda! Ali Kali atua sem compaixão. Cortando cabeças de tudo aquilo que está de errado em nós e em todas as coisas.
Reflita e siga o caminho de Dharma. Ele pode ser amargo no início mas será doce no final.
Eu falo mas poucos me ouvem. Vejo muito sofrimento pela frente porque poucos estão seguindo o caminho correto. Muito sofrimento para a grande maioria que insiste no caminho obscuro.
Pratique! Estude! Reflita!
“Yada yada hi dharmasya glanirvatibharata
Cabhyutthanama dharmasya tadatmanam srjamyaham”
“Toda vez que Dharma declina
e as forças da escuridão
mostram sua cara feia
Eu me manifesto!”
Shrii Krshna
Param Pita Baba Ki! Jay!
Namaskar...
Mahavir
Kali Yuga
Estamos na Era de Kali. Ela é marcada pelo caos. Kali é a consorte do Senhor Shiva no seu aspecto de destruidor. Kali possui um colar de cabeças e normalmente é retratada com uma longa língua para fora e acompanhada de muito sangue e fogo. É a deusa da destruição! Quando as coisas estão erradas, Kali surge com o poder destruidor do fogo e faz tudo começar de novo.
E Era de Kali é marcada por um materialismo extremo. Individualismo, egoísmo, inversão de valores... Tudo está fora do lugar. Os papéis na sociedade estão invertidos, corrompidos. Aquilo que antes era considerado errado passa a ser visto como algo aceitável e comum.
Não vou me deter aos detalhes e descrever como vejo diferentes manifestações desta era. Basta ver as pessoas que foram “escolhidas” como pessoas famosas. Quem são os modelos da sociedade hoje. Dá vontade de rir se não fosse trágico.
Vale a pena aconselhar que haja bastante reflexão neste momento. É preciso trazer de volta as coisas aos seus devidos lugares. Um dos meus mestres falava que devemos desenvolver o gosto por aquilo que é certo, correto! Este é o caminho. É o caminho mais difícil, mas não há outro caminho.
Meu Gurudev falava das cinco faces de Brahma. A face do centro é neutra. As duas faces da direita são benevolentes. Elas enchem de graça e bem-aventurança suas criaturas. As faces da esquerda são as faces da severidade. Quando as coisas não andam bem. Não queiram ver a face da extrema esquerda! Ali Kali atua sem compaixão. Cortando cabeças de tudo aquilo que está de errado em nós e em todas as coisas.
Reflita e siga o caminho de Dharma. Ele pode ser amargo no início mas será doce no final.
Eu falo mas poucos me ouvem. Vejo muito sofrimento pela frente porque poucos estão seguindo o caminho correto. Muito sofrimento para a grande maioria que insiste no caminho obscuro.
Pratique! Estude! Reflita!
“Yada yada hi dharmasya glanirvatibharata
Cabhyutthanama dharmasya tadatmanam srjamyaham”
“Toda vez que Dharma declina
e as forças da escuridão
mostram sua cara feia
Eu me manifesto!”
Shrii Krshna
Param Pita Baba Ki! Jay!
Namaskar...
Mahavir
Assinar:
Postagens (Atom)
Lokah Samastha Sukhino Bhavantu
O que é Yoga?
Yoga é uma prática milenar que envolve inúmeras disciplinas,
dentre elas a prática dos ásanas, as posturas de yoga. Os ásanas fazem parte do
Hatha Yoga que é a forma do yoga mais conhecida no Ocidente. Além do Hatha Yoga
encontramos outras práticas como a meditação, o kirtan (canto de mantras), o estudo da filosofia e dos textos sagrados,
as práticas de purificação, a conduta yogue...
A meditação é a alma do yoga. Tudo que existe no yoga é para
aperfeiçoar a prática meditativa. É através da meditação que os yogues realizam
o significado mais profundo do termo Yoga:
“Samyoga Yoga Itiyukto Jivatma Paramatmanah”
Yoga é o estado de união da alma unitária com a Alma
Suprema, com Deus.
dentre elas a prática dos ásanas, as posturas de yoga. Os ásanas fazem parte do
Hatha Yoga que é a forma do yoga mais conhecida no Ocidente. Além do Hatha Yoga
encontramos outras práticas como a meditação, o kirtan (canto de mantras), o estudo da filosofia e dos textos sagrados,
as práticas de purificação, a conduta yogue...
A meditação é a alma do yoga. Tudo que existe no yoga é para
aperfeiçoar a prática meditativa. É através da meditação que os yogues realizam
o significado mais profundo do termo Yoga:
“Samyoga Yoga Itiyukto Jivatma Paramatmanah”
Yoga é o estado de união da alma unitária com a Alma
Suprema, com Deus.
Yoga Samgha
Samgha significa associação. Quando yogues se reúnem para praticar juntos temos uma Samgha. Hoje, mais do que nunca precisamos de uma Samgha para praticar. A força que é gerada por esta associação faz com que nossas práticas se tornem cada vez mais fortes e profundas. Umas das orientações de grandes mestres do yoga é a importância de satsamgha, boa companhia. A boa companhia torna nosso caminho mais fácil.
Orientações para a Prática do Yoga
• Traga sempre uma pequena toalha para a prática.
• Procure praticar com roupas mais justas. O ideal é praticar com o joelho de fora e camiseta sem manga.
• Respeite o espaço físico e psíquico do yogue ao seu lado.
• Praticar de barriga vazia
• Não beber água durante a prática.
• Evite tomar banho, beber ou comer logo após praticar. Deixe um intervalo de 20 a 30 minutos.
• Atenção durante a prática, siga as orientações do professor.
• Se surgir cansaço pare. Não seja agressivo com seu corpo.
• Durante o período menstrual pratique de forma mais suave. Nestes dias não deve se praticar os ásanas de inversão (Sarvangásana, shirshásana...) .
• Evite sair mais cedo. Caso seja necessário sair anteS do início do relaxamento do grupo. Ao sair avisar o professor.
• Estar sempre vazio.Tenha sempre uma postura humilde junto ao seu professor. Nunca traga à mente a idéia que já tem plena compreensão do que está sendo ensinado. Até mesmo informações que já foram ouvidas inúmeras vezes.
• Qualquer sinal de desconforto durante a prática informe ao seu professor.
• Procure praticar com roupas mais justas. O ideal é praticar com o joelho de fora e camiseta sem manga.
• Respeite o espaço físico e psíquico do yogue ao seu lado.
• Praticar de barriga vazia
• Não beber água durante a prática.
• Evite tomar banho, beber ou comer logo após praticar. Deixe um intervalo de 20 a 30 minutos.
• Atenção durante a prática, siga as orientações do professor.
• Se surgir cansaço pare. Não seja agressivo com seu corpo.
• Durante o período menstrual pratique de forma mais suave. Nestes dias não deve se praticar os ásanas de inversão (Sarvangásana, shirshásana...) .
• Evite sair mais cedo. Caso seja necessário sair anteS do início do relaxamento do grupo. Ao sair avisar o professor.
• Estar sempre vazio.Tenha sempre uma postura humilde junto ao seu professor. Nunca traga à mente a idéia que já tem plena compreensão do que está sendo ensinado. Até mesmo informações que já foram ouvidas inúmeras vezes.
• Qualquer sinal de desconforto durante a prática informe ao seu professor.