Om

Que possamos manter Sagrado o Yoga
Que possamos desenvolver nossos espíritos
Que muitos conheçam e pratiquem o Yoga
Que possamos mudar o mundo
Através de boas ações
De um grandioso coração
E da Alma Divina que habita em tudo!

Espero que o conteúdo deste espaço possa lhe inspirar.

Namaskar!

Textos Publicados

Textos Publicados

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Palavras de Buddha

Terça-feira, 15 de novembro de 2011.

Palavras de Buddha

“Melhor que mil frases sem sentido
É uma palavra com sentido,
A qual, depois de ouvida,
Traz consigo a paz.”

Dhammapada

Namaskar!

O maior mestre!

Domingo, 16 de outubro de 2011.

O maior mestre!

Nosso maior mestre é a nossa própria vida! Ela está constantemente nos ensinando qual o caminho certo. Mas para isso você deve assumir que nada que acontece, acontece por acaso. Tudo tem uma razão e um porquê. Quando descobrimos que tudo tem uma razão, passamos a dialogar melhor com a vida.

Quando assumimos uma postura de vítima, nos afastamos das soluções. A vítima é sempre vítima do acaso, de uma situação acidental e injusta. Enquanto pensarmos desta forma continuaremos presos dentro de ciclos que podem carregar nossa existência de muito sofrimento.

Para se comunicar com a vida é necessário um certo distanciamento. Quando estamos muito dentro de um determinado problema pode ser muito difícil achar uma saída. Por isso, as práticas contemplativas, meditativas, são tão importantes. Meditar desenvolve a habilidade de ver a própria mente de fora. Você passa a ver melhor sua própria mente. Desta forma conseguimos criar este distanciamento.

Ao respirar suavemente, fechar os olhos e acalmar a mente barulhenta e inquieta, abrimos nosso ser para uma visão mais clara das coisas. Gosto de dizer que meditar é limpar a mente. Quando chegamos em casa no final do dia colocamos nossas roupas para lavar. Tomamos banho e limpamos nosso corpo. Mas a mente não pode ser lavada desta forma. A mente se livra das tensões e impressões nervosas através do sono e da meditação. Meditar é uma forma de manter nossas mentes mais leves e puras.

Tranquilos, podemos ver os sinais que a vida manda e assim podemos nos modificar e nos aperfeiçoar ao longo da vida.

Na perspectiva material, quando envelhecemos, só existe perda. Já no plano do psico-espiritual, quanto mais vivemos, mais sábios e experientes nos tornamos, mais felizes e belos ficamos, mais próximos da nossa verdadeira essência!

Deus é um mestre silencioso que nos ensina através da vida.

Namaskar!

Paulo di Stasi

Domingo, 2 de outubro de 2011.

Paulo di Stasi

No nosso retiro de julho, pela primeira vez choveu. Até então não me lembro de ter aberto o guarda chuva alguma vez em Vrajabhumi. Nossos encontros foram sempre brilhantes e cheios de energia, mas o Deus do Sol, Surya , estava sempre presente.

No sábado pela manhã quando eu e meu parceiro de retiros, meu querido amigo Paulo di Stasi, nos encontramos para acordar o grupo, confesso que estava preocupado com o efeito da chuva no nosso evento. Aquela manhã fria e chuvosa entrou no meu espírito e fiquei um pouco triste.

Foi aí que tive uma grande lição de vida! Paulo estava mais animado do que em qualquer outro dia! Costumamos acordar os alunos cantando mantras e ele vai tocando o sino dele junto com os mantras. E os mantras dele estavam ainda mais fortes do que o normal. Ali aquela alegria e animação dele foram contagiantes! Não me lembro de eu ter ficado tão energizado e animado naquele momento. Muito especial!

Mais tarde, na cerimônia de encerramento do retiro, ele falou que quando vê qualquer nascer ou pôr do sol, ele guarda aquela imagem na sua cabeça. Quando está em dias de chuva ele procura atravessar as nuvens e imaginar o Sol, trazer de volta aquela lembrança.

Nosso retiro aconteceu, com chuva, e foi muito especial! Muito! Como sempre!

Meu querido irmão, Paulo di Stasi, naquela manhã em Vraja, e em muitas outras vezes, você foi o meu Sol irmão!

Obrigado por me lembrar que o Sol tá na gente!

Grande abraço e feliz aniversário!

Namaskar!

Mahavir

sábado, 3 de setembro de 2011

Visão de si

Sábado, 3 de setembro de 2011.

Visão de si

Uma das coisas mais difíceis de alcançar é uma visão clara de si mesmo. Por quê? Porque é fácil enxergar aquilo que aparece na sua frente pela primeira vez, mas aquilo que está na sua frente constantemente pode ser muito difícil de identificar.

Se você está com seu nariz colado num muro você certamente não terá uma visão clara dele. O tamanho do muro!

Mesmo um pensamento de natureza bem negativa e conflitante pode ficar na sua mente por toda uma existência e você não conseguir notá-lo.

Por isso, neste processo de busca pela verdade, a habilidade de se ver de fora, de conseguir se distanciar de si mesmo e das situações é fundamental. Aqui o poder de meditar e contemplar sobre as coisas se revela.

Quando estou agitado, dentro dos turbilhões da minha mente, tenho uma visão confusa e turva das coisas. Quando consigo me aquietar e me distanciar um pouquinho as coisas ficam cada vez mais claras.

Muitas pessoas estão sofrendo profundamente porque tem uma visão totalmente distorcida delas mesmas. Este distanciamento da verdade é extremamente doloroso. Criamos uma visão de nós mesmos e dos outros que não é verdadeira e assim entramos em conflito.

Neste processo de busca de uma visão clara de si, a participação do outro é fundamental. Não existe melhor espelho de nós mesmo do que o outro. Por isso, crescemos tanto quando estamos abertos a entender e nos relacionar com outras pessoas. Mas isso só acontece realmente, quando refletimos e estamos abertos a ver as coisas de forma diferente do que estamos acostumados.

Daí a importância de desenvolver o espírito de “eu não sei!” Somente quando estamos vazios e humildes nesta idéia podemos encontrar a verdade e com ela a felicidade, a paz. Isso, no yoga, chamamos de svadhyaya, o estudo de si, o quarto Niyama, parte da conduta yogue.

Svadhyaya é o estudo dos textos sagrados e da filosofia yogue também. Mas tudo isso é a mesma coisa, não é?

Namaskar!

Mahavir

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Consumismo e Caos

Quarta-feira, 17 de agosto de 2011.

Consumismo e Caos

Acho preocupante o estado em que as pessoas estão na busca de consumir cada vez mais. Principalmente o consumo de novas tecnologias e novos meios de comunicação: internet, celular, internet no celular, mensagens de texto, facebook... Tudo isso é muito bacana, mas se usado na medida certa. Observo que as pessoas estão ficando viciadas nesses meios e este vício deixa a mente num estado muito, muito perigoso.

Já é uma marca dos nossos tempos este excesso de velocidade. Esse mundo cobra cada vez mais de nós mesmos devido à sua complexidade, se acelerarmos ainda mais este com mais e mais necessidades e não aprendermos a parar e segurar, ou até reverter um pouquinho este processo, vai ser o caos!

Noto que em função dessa agitação as pessoas estão ficando embrutecidas e meio burras. A mente agitada e turva perde o brilho da inteligência com o tempo. Tudo vai se envolvendo por banalidades que torna a vida das pessoas vazia em sem significado.

No Globo de sábado saiu uma entrevista com o sociólogo Zygmunt Bauman, sobre os saques ocorridos na Inglaterra recentemente. A entrevista termina assim:

“O Globo: Mais problemas são inevitáveis então?”
“Bauman: Enquanto não repensarmos a maneira como medimos o bem-estar, sim. A busca da felicidade não deve ser atrelada a indicadores de riqueza, pois isso apenas resulta numa erosão do espírito comunitário em prol de competição e egoísmo. A prosperidade hoje em dia está sendo medida em termos de produção material e isso só tende a criar mais problemas em sociedades em que a desigualdade está em crescimento, como no Reino Unido.”

É bom encontrar pessoas realmente esclarecidas! Raro!

Namaskar!!

domingo, 17 de julho de 2011

Domingo, 17 de julho de 2011.

Vibração Sagrada

Quando ouvimos uma música agradável que nos deixa tranqüilos e inspirados, ela possui uma freqüência de onda sutil, longa. Quando cantamos os mantras em nossas aulas somos beneficiados pela frequencia sutil dos mantras, dos sons sagrados do sânscrito.

Nossos pensamentos, nossas emoções, os alimentos, os lugares, as pessoas, tudo emana um determinado tipo de vibração. As pessoas, é claro, emitem vibrações de acordo com seu estado mental atual. Porém, ao conhecermos uma determinada pessoa, sabemos que tipo de vibração ela emite com mais freqüência. Ela ocorre de acordo com tudo que essa pessoa carrega consigo: seus valores, sua conduta, suas ações passadas, a forma como fala, tudo isso determina sua frequencia.

No yoga, todas as práticas nos conectam com uma frequencia de onda muito auspiciosa. Nas salas de aulas, nas salas de meditação, nos templos, nos retiros, a vibração sagrada do yoga limpa e purifica nosso ser e usufruímos de um estado físico e mental muito agradável. Algumas vezes podemos entrar num estado tão sutil e profundo que nada mais é tão bom e tão importante quanto aquele momento.

Muitas vezes as coisas estão dando erradas ou nos sentimos deslocados por que estamos numa frequencia densa, pesada. E é uma lei. Negativo atrai negativo e positivo atrai positivo. Daí um dos efeitos maravilhosos de Satsamgha. Ao entrar numa vibração luminosa, sagrada, tudo que é negativo vai embora! Simples assim! Duas vibrações distintas não ocupam o mesmo espaço!

Por isso, não perca um minuto da sua existência e se estabeleça na vibração Sagrada através das suas práticas, yoga, meditação, mantras e Satsamgha!

“Quando dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, estarei presente.”
Jesus Cristo

Hare Cristo!
Hare Krsnha!
Jay Shiva!
Param Pita Baba ki!!!

Namaskar!!!!

domingo, 10 de julho de 2011

Além da mente

Domingo, 10 de julho de 2011.

Além da mente

“A essência deste Universo reside num estado além da mente”
Ananda Sutram de Shrii Shrii Anandamurtiji

As aulas que dou Sábado no Nirvana têm uma vibração muito especial. Além da prática do Hatha Yoga, fazemos kiirtan e meditamos um pouco também. Ontem falei da importância de buscar um estado além da mente, unmani, sem mente. Exercitar viver além da mente inquieta, além da mente barulhenta, além da análise constante da mente, além da mente que esta sempre buscando algo.

Análise e síntese. No caminho existe a necessidade da análise. Prática, prática, prática! Muita prática! Estudo e prática! Depois, e ao mesmo tempo, se possível, é preciso viver a síntese, a unidade, que é algo muito simples, mas nem por isso é fácil de ser alcançado.

A quietude, a felicidade interna, a paz, Shanti, é este estado sem mente. Você até pode pensar no conceito de paz, mas quando você pensa nele não é paz que você vive. Ao pensar em paz eu posso acalmar a minha mente e direcionar meu ser para ela, mas o viver a paz é um estado de não mente. Podemos dizer também que os diferentes estados de paz podem ser estados mais profundos da própria mente. Não a mente turbulenta da superfície, mas a mente tranqüila, vasta e profunda das camadas mais internas do nosso ser.

Tudo, tudo que existe no yoga, existe para nos levar para este estado. Tudo que existe no yoga existe para no trazer um condicionamento da mente, um estado de purificação do corpo e da mente, para assim então desfrutarmos nossa existência além dela.Conseguir aquietá-la e acessar esse algo que é a natureza da nossa Alma.

Meu Guru costumava falar que enquanto, ao ver uma linda mangueira carregada de mangas, alguns poderiam ficar analisando a mangueira, os devotos mais inteligentes não perderiam seu tempo e subiriam na mangueira para desfrutar de seus frutos maravilhosos!

Você não é só o seu corpo. Você não é só sua mente. Existe algo além da mente e do corpo que é a nossa essência. Esse algo é aquilo que nos dá vida e força. Esse algo é que alimenta nosso espírito, o nosso Ser. Existe algo mais importante que isso?

Namaskar!

Guru

Domingo, 26 de junho

Guru

"A raiz do mantra é a fala do Guru
A raiz da entrega sãos os pés do Guru.
A raiz da meditação é a forma do Guru.
A raiz da libertação é a Graça do Guru."

Namaskar!

sábado, 4 de junho de 2011

Yoga emagrece?

Sábado, 29 de maio de 2011.

Yoga emagrece?

Semana passada uma amiga me falou que no programa da rede Globo, o Fantástico, uma pessoa relatou que yoga não emagrece. Parece que no programa a equipe até veio fazer uma aula no Nirvana como parte do desafio de emagrecimento.

Acho interessante como as pessoas avaliam as coisas sem conhecê-las. A pessoa vem fazer uma aula de yoga somente e chega a tantas conclusões. O Yoga não pode ser realizado em uma aula somente.

No mundo todo o yoga é uma febre. Há quase 10 anos atrás, o yoga foi primeira página da revista Time, com uma top model fazendo uma postura avançada na capa, como prova desta nova moda no Ocidente. Modelos, cantores, empresários, donas de casa, pessoas de diferentes tipos, praticam yoga pelo mundo todo! Quem lê a revista de yoga americana, Yoga Journal, sabe disso. Nos Estados Unidos você encontra todo tipo de yoga, desde os mais profundos, com dimensão sagrada e espiritual, até os mais bizarros como Yoga But, que é yoga pra definir o bumbum. Hilário!

Yoga emagrece? Se o nosso amigo do Fantástico entrasse numa aula de yoga cheia, com pessoas transpirando profundamente sobre seu tapetes de yoga molhados, os vidros da sala embaçados, ouvisse o som da respiração desses yogues e experimentasse o trabalho corporal das posturas de yoga, não tiraria estas conclusões.

Além da queima de calorias que uma aula mais vigorosa promove, o yoga tem uma dimensão que poucas pessoas conhecem. As posturas de yoga, os ásanas, foram elaborados também, com o objetivo de regular nosso sistema glandular. Muitas pessoas sofrem de ganho de peso por causa de desequilíbrios nas glândulas endócrinas. Vou dar um exemplo. Quem sofre de hipotiroidismo, que é um estado onde a glândula tiróide trabalha mais devagar, tende a ficar mais preguiçosa e ganhar peso. Mesmo fazendo regime o metabolismo fica bem lento e a pessoa engorda.

Quando no yoga, pressionamos, comprimimos, torcemos e esticamos a região do pescoço, nós regulamos o funcionamento da glândula e assim a pessoa consegue emagrecer com mais facilidade. Esse princípio vale para todas as outras glândulas também.

Com o efeito torniquete dos ásanas, que é o efeito de espremer todo o corpo em diferentes posturas, as toxinas que, ao longo dos anos, vão se depositando nos tecidos, vão para fora. Quem entende um pouquinho de corpo sabe que outro motivo da obesidade é o acúmulo destas toxinas no corpo. Toxinas que não só causam distúrbios físicos como distúrbios psíquicos também.

Por isso, quem trabalha e pratica yoga sabe: as pessoas emagrecem com yoga, pessoas rejuvenescem com yoga, pessoas param de ficar deprimidas com yoga, dormem melhor com yoga, trabalham melhor, fazem sexo melhor, bebem menos, comem menos e são mais felizes. Muito felizes!

Comer muito está profundamente ligado com um estado de vazio interno. Algumas pessoas preenchem este vazio comendo ou bebendo. Quando praticamos yoga sentimos que precisamos de muito menos para nos sentirmos completos. Descobrimos que a paz existe dentro de nós e que a partir daí lidamos com o mundo de forma mais plena e completa.

Mahavir

domingo, 29 de maio de 2011

Mushotoku

Domingo, 29 de maio de 2011.

Mushotoku

Mushotoku é um termo do Zen. Significa a ação pura e reta. A ação que não tem uma segunda intenção. A ação que não espera resultados.

E essência do Bhagavad Giita repousa neste conceito. Krshna diz para Arjuna:

“Faz! Faz e entrega os frutos das suas ações para Mim.”

Esse tipo de ação mantém a mente tranqüila. O espírito livre.

O oposto é muito ruim. Observo que algumas pessoas ferem através de ações com uma segunda intenção. Com a intenção de gerar mal estar.

Essa ação até pode gerar mal estar no próximo, mas a energia pesada, escura e densa desta ação fica com certeza em quem a emana. E pessoas assim podem até enganar os outros por algum tempo, mas não por muito tempo. E se elas conseguem enganar por muito tempo, uma coisa é certa, elas não enganam seus próprios Karmas. Elas não podem enganar a Entidade Suprema que testemunha tudo.

Por isso, o yogue, entendendo a natureza das más ações, procura eliminá-las de sua vida, de sua mente e de seu coração.

“Como poeira fina atirada contra o vento,
O mal retorna para o tolo
Que prejudica uma pessoa
Inocente, pura, sem mácula.

Não acharás lugar algum no mundo
Nem no céu, nem no oceano,
Nem numa caverna da montanha,
Onde fiques livre de teu karma.

Não acharás lugar algum no mundo
Nem no céu, nem no oceano,
Nem numa caverna da montanha,
Onde a morte não o encontre.”

Dhammapada

A verdade muitas vezes é amarga, mas mais amarga ainda é a vida sem sabedoria, sem princípios, sem direção. Depois da purificação, da assimilação dos princípios, tudo fica doce, perfeito, tranqüilo...

Namaskar!

Mahavir

domingo, 15 de maio de 2011

Retiro!

Domingo, 15 de maio de 2011.

Retiro!

Nosso Retiro de Yoga em se aproxima... Eu e meu querido irmão Paulo di Stasi já entramos em clima de festa, apesar de todas as obrigações que acompanham esta semana.

Ao convidar os alunos nas salas de aula sinto dificuldade de expressar o que é esta experiência. Quando procuro defini-la melhor, só consigo chegar ao conceito do Yoga de Sattva.

Sattva é uma energia espiritual muito poderosa. Sattva na verdade é tudo de bom! Alegria, paz, liberdade, energia, luz, força, saúde, amizade, amor...

Uma pequena gotinha de Sattva dissolve muita coisa!

Mantras, meditação, prática de yoga, período de silêncio, aula de filosofia, Cerimônia do Fogo... Tudo isso na natureza e na quietude de Vrajabhumi.

O autor do “Poder do Agora”, Eckhart Tolle, está totalmente correto quando diz que estar perto da natureza é uma das formas mais poderosas de se acessar o estado sagrado de quietude interna, o estado sagrado de presença.

Nosso grupo está quase que completo. A maioria dele é de pessoas que está voltando para reviver esta experiência mais uma vez. Vejo também neste momento uma oportunidade, além de nos aprofundarmos no Yoga, de estreitar e fortalecer nossos laços. Fortalecer nossa Samgha!

Espero que cada vez mais os alunos possam viver isso.

Por que?

Porque... “a maior felicidade é aquela que é compartilhada!”

Jay!!!

Namaskar!

sábado, 7 de maio de 2011

Dhyana

Sábado, 7 de maio de 2011.

Dhyana

Dhyana em sânscrito significa meditação. Não existe nada mais importante no yoga do que meditação. Meditação é a prática suprema! Tudo que existe no yoga como prática é preparação para meditação, dhyana.

Ásana, pranayama, conduta, estudo, jejuns, serviço, todas as práticas preparam o yogue para sua grande jornada para dentro de si mesmo, a meditação.

A primeira etapa da meditação está na postura. Alcançar uma postura ereta e imóvel é a base da meditação. Aqui as posturas de yoga, os ásanas, são fundamentais.

A segunda etapa consiste em dominar a respiração. Sem o domínio sobre a respiração não há possibilidade de se acalmar a mente. A respiração deve ser diafragmática, só pelo abdômen. Ela deve ser suave, deve ter um ritmo e foco nas saídas de ar longas.

Existem inúmeras técnicas de meditação. No yoga usamos como veículo os mantras, os sons sagrados. A mente repete constantemente o som dos mantras. Nessa repetição a mente gradualmente se aproxima da freqüência desses sons e entra num estado bem profundo.

Ao meditar podemos ter experiências distintas. Aqui entramos em contato com nós mesmos. Vemos nossas inquietações, nossos medos, nossos desejos e nossas imperfeições. Mas à medida que meditamos, ao longo dos anos, algo muito especial surge, algo sagrado, profundo e tranqüilo. Um estado de perfeição inexplicável. Esse estado vai ficando cada vez mais presente, nas práticas diárias e no nosso dia a dia.

Quando medito sinto que construo algo numa dimensão que é infinita e inesgotável.

Meditar é um bem precioso!

Namaskar!

domingo, 1 de maio de 2011

Big Ego

Domingo, 1 de maio de 2011.

Big Ego

Quando nosso ego é pequeno, e assim somos humildes e simples, somos difíceis de sermos atingidos.

Quando o nosso ego é grande como um elefante, mesmo quando não somos atacados diretamente podemos nos sentir afetados. Muitos conflitos! Muita confusão!

Esse grande ego é desagradável coletivamente, porque uma manifestação dele é falta de bom senso e ajuste na coletividade. Mas muito pior é o ego para quem o carrega.

Quem escreve estas palavras é cheio de ego e imperfeições...

É libertador quando não carregamos a obrigação de sermos perfeitos!

É libertador quando identificamos a origem do sofrimento!

É libertador saber que existe um caminho!

Namaskar!

Mahavir

domingo, 24 de abril de 2011

Feliz Páscoa!

Domingo, 24 de abril de 2011.

Feliz Páscoa!

Renascer
Esvaziar a mente
Esvaziar o coração

Permitir o novo
E ficar leve
Tranquilo

Viver plenamente
Cada situação
Cada momento.

Viver plenamente
É um estado gentil
Delicado
Simples

Observe
Só observe
Silêncio
Paz

Silêncio e paz no silêncio
Silêncio e paz no barulho.

E como disse o Dan uma vez:
“Não existem momentos ordinários.”
Precioso!

Namaskar!

Mahavir

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Samskaras

Quinta, 21 de abril de 2011.

Samskaras

“A maior felicidade é a paz”
Dhammapada

Sim. A maior felicidade é a paz.. Mas para haver paz precisa haver muita, muita prática. Muita, muita luta! Purificar! Sem purificação no corpo e na mente não há possibilidade de paz.

E por que o caminho parece mais fácil para uns do que para outros? Por que alguns estão no caminho e outros não? Samskaras!

Samskara é o termo correto quando mencionamos o princípio de Karma. Quando eu faço uma ação ela gera na minha mente, a placa mental, uma impressão. Essa impressão é desfeita quando eu sofro a reação dessa ação. Aí minha mente volta ao seu estado original.

Porém, não só as ações geram impressões na mente. Os desejos e pensamentos também geram. Digamos que durante toda uma existência eu alimentei desejo por relógios. Anos e anos só desejando relógios, pensando em relógios, apreciando relógios nas revistas e nas vitrines. Todos os pensamentos acumulados ao longo dos anos vão pesando sobre minha placa mental.

Digamos que numa existência eu tenha causado muito medo nas pessoas. Fui um tirano que dominei pelo medo e pelo terror. Num momento seguinte da minha existência eu certamente viverei com todo este medo que um dia eu causei.

Quando fechamos nossos olhos e não conseguimos meditar são estes samskaras que como ondas num mar agitado agitam nossas mentes.

Medo, desejo, apego, raiva são vibrações na nossa mente. Essas vibrações nos mantém, como fala o mestre Tolle, “presos ao véu da mente”. E enquanto presos à plena identificação com a mente estaremos afastados da quietude, da paz. A paz que já existe dentro de nós.

Por isso, o yogue identifica todas as impurezas na mente e no corpo, e através das práticas regulares e intensas purifica todo o seu ser. E nesta purificação encontra a paz.

Meditar, ásanas, pranayamas, japakriya, kiirtan, leitura, estudo, auto-controle, auto-observação, serviço. Este é o caminho do yoga,

Namaskar!

Coração

Domingo, 17 de abril de 2011.
Coração
Uma lição de vida de um povo muito especial. Recebi vários e-mails com esta carta da monja Coen e sua experiência com o povo japonês depois da tsunami.
Leia com muito carinho e atenção.
“Quando voltei ao Brasil, depois de residir doze anos no Japão, me incumbi da difícil missão de transmitir o que mais me impressionou do povo Japonês: kokoro. Kokoro ou Shin significa coração-mente-essência.

Como educar pessoas a ter sensibilidade suficiente para sair de si mesmas, de suas necessidades pessoais e se colocar à serviço e disposição do grupo, das outras pessoas, da natureza ilimitada?

Outra palavra é gaman: agüentar, suportar. Educação para ser capaz de suportar dificuldades e superá-las.

Assim, os eventos de 11 de março, no Nordeste japonês, surpreenderam o mundo de duas maneiras. A primeira pela violência do tsunami e dos vários terremotos, bem como dos perigos de radiação das usinas nucleares de Fukushima. A segunda pela disciplina, ordem, dignidade, paciência, honra e respeito de todas as vítimas. Filas de pessoas passando baldes, cheios e vazios, de uma piscina para os banheiros.

Nos abrigos, a surpresa das repórteres norte americanas: ninguém queria tirar vantagem sobre ninguém. Compartilhavam cobertas, alimentos, dores, saudades, preocupações, massagens. Cada qual se mantinha em sua área. As crianças não faziam algazarra, não corriam e gritavam, mas se mantinham no espaço que a família havia reservado.

Não furaram as filas para assistência médica – quantas pessoas necessitando de remédios perdidos – mas esperaram sua vez também para receber água, usar o telefone, receber atenção médica, alimentos, roupas e escalda pés singelos, com pouquíssima água.

Compartilharam também do resfriado, da falta de água para higiene pessoal e coletiva, da fome, da tristeza, da dor, das perdas de verduras, leite, da morte.

Nos supermercados lotados e esvaziados de alimentos, não houve saques. Houve a resignação da tragédia e o agradecimento pelo pouco que recebiam. Ensinamento de Buda, hoje enraizado na cultura e chamado de kansha no kokoro: coração de gratidão.

Sumimasen é outra palavra chave. Desculpe, sinto muito, com licença. Por vezes me parecia que as pessoas pediam desculpas por viver. Desculpe causar preocupação, desculpe incomodar, desculpe precisar falar com você, ou tocar à sua porta. Desculpe pela minha dor, pelas minhas lágrimas, pela minha passagem, pela preocupação que estamos causando ao mundo. Sumimasem.

Quando temos humildade e respeito, pensamos nos outros, nos seus sentimentos, necessidades. Quando cuidamos da vida como um todo, somos cuidados e respeitados. O inverso não é verdadeiro: se pensar primeiro em mim e só cuidar de mim, perderei. Cada um de nós, cada uma de nós é o todo manifesto.

Acompanhando as transmissões na TV e na Internet pude pressentir a atenção e cuidado com quem estaria assistindo: mostrar a realidade, sem ofender, sem estarrecer, sem causar pânico. As vítimas encontradas, vivas ou mortas eram gentilmente cobertas pelos grupos de resgate e delicadamente transportadas – quer para as tendas do exército, que serviam de hospital, quer para as ambulâncias, helicópteros, barcos, que os levariam a hospitais.

Análise da situação por especialistas, informações incessantes a toda população pelos oficiais do governo e a noção bem estabelecida de que “somos um só povo e um só país”.

Telefonei várias vezes aos templos por onde passei e recebi telefonemas. Diziam-me do exagero das notícias internacionais, da confiança nas soluções que seriam encontradas e todos me pediram que não cancelasse nossa viagem em Julho próximo.

Aprendemos com essa tragédia o que Buda ensinou há dois mil e quinhentos anos: a vida é transitória, nada é seguro neste mundo, tudo pode ser destruído em um instante e reconstruído novamente.

Reafirmando a Lei da Causalidade podemos perceber como tudo está interligado e que nós humanos não somos e jamais seremos capazes de salvar a Terra. O planeta tem seu próprio movimento e vida. Estamos na superfície, na casquinha mais fina. Os movimentos das placas tectônicas não tem a ver com sentimentos humanos, com divindades, vinganças ou castigos. O que podemos fazer é cuidar da pequena camada produtiva, da água, do solo e do ar que respiramos. E isso já é uma tarefa e tanto.

Aprendemos com o povo japonês que a solidariedade leva à ordem, que a paciência leva à tranqüilidade e que o sofrimento compartilhado leva à reconstrução.

Esse exemplo de solidariedade, de bravura, dignidade, de humildade, de respeito aos vivos e aos mortos ficará impresso em todos que acompanharam os eventos que se seguiram a 11 de março.

Minhas preces, meus respeitos, minha ternura e minha imensa tristeza em testemunhar tanto sofrimento e tanta dor de um povo que aprendi a amar e respeitar.

Havia pessoas suas conhecidas na tragédia?, me perguntaram. E só posso dizer : todas. Todas eram e são pessoas de meu conhecimento. Com elas aprendi a orar, a ter fé, paciência, persistência. Aprendi a respeitar meus ancestrais e a linhagem de Budas.

Mãos em prece (gassho), Monja Coen”

Sem palavras para expressar a importância deste espírito num povo. Este estado na mente não é só benéfico para o povo coletivamente, mas é extremamente saudável e próspero para o indivíduo como ser humano, como alma humana individual.

Namaskar!

Mahavir

Nobreza

Sábado, 9 de abril de 2011.

Nobreza

Nobreza é um estado de espírito. Ela não está relacionada com posição social, poder, título ou fama. Já conheci pessoas muito humildes, até moradores de rua, que esbanjavam mais nobreza e humanidade que muitas pessoas que nasceram em berço de ouro.

Honra, respeito, lealdade, fraternidade e coragem. Palavras que não fazem mais sentido para a maioria das pessoas. E assim se constrói o CAOS. Eu chamo esse pessoal de geração MTV, um conhecido meu pegava mais pesado e chamava estes seres de corpos sem alma. Pessoas que tem já na postura uma tendência a não respeitar nada, a não dar valor a nada! O que meu mestre japonês chamava de pessoas com olhar de peixe morto.

INDIVIDUALISMO, MATERIALISMO E DOGMA! Meu Guru dizia que estes três princípios sustentam o sistema caótico e desumano em que vivemos.

Individualismo não é individualidade. O individualismo aniquila nossa individualidade! A nossa individualidade é algo sagrado! A crítica ao materialismo não é a negação da matéria. Pelo contrário, lidar com o mundo de forma responsável e coerente com os princípios universais, é a forma mais sábia de desfrutar das maravilhas deste mundo. Porém, a vida totalmente voltada pra este mundo, sem uma base espiritual, sem práticas espirituais, voltadas para a construção deste individualismo, corrompe e destrói o espírito. Corrompe e destrói a alma. E uma vida sem alma é uma vida vazia. Por que vazia? Porque tudo neste mundo se desfaz. E as únicas coisas que levamos deste mundo são nossas ações, nosso espírito, nossos valores e tudo aquilo que alcançamos no plano sutil.

Eu procuro resgatar estes princípios de nobreza na nossa samgha. É a base do yoga. Um Yogue é antes de tudo uma alma nobre. Nós somos filhos do Rei do Universo, o Pai Supremo. Mas para estar à altura deste título temos que nos comportar como seres humanos. Não como um tipo de animal mais sofisticado, com intelecto.

Esta semana, eu vi uma manifestação desta nobreza. Expressa na forma de lealdade. Que muitas vezes é o caminho mais difícil a seguir. Mas é o caminho dos fortes e dos que conseguem manter a mente clara mesmo em situação difícil.

Por isso dedico este texto a Atmajyoti, que encheu meu coração de alegria, neste difícil trabalho que é formar uma samgha de verdadeiros e grandes yogues! Espero que possamos estar sempre juntos e que mesmo que sejam
poucos, que sejam os verdadeiros! Jay!

Namaskar

Mahavir

Ser Feliz

Sábado, 2 de abril de 2011.

Ser Feliz

Um aluno muito, muito querido me mandou este texto do mestre Osho. Leia com muita atenção e calma cada palavrinha.. Como um néctar..

Consciência: A Chave Para Viver em Equilíbrio - A Raiz do Sofrimento

“O sofrimento é um estado de inconsciência. Sofremos porque não estamos conscientes do que fazemos, do que pensamos, do que sentimos — por isso, estamos nos contradizendo o tempo todo.

As atitudes vão numa direção, os pensamentos em outra, os sentimentos sabe-se lá para onde. Continuamos a nos estilhaçar, a ficar cada vez mais fragmentados. Isso é que é sofrimento — perdemos a integração, a unidade. Ficamos totalmente sem centro, somos mera periferia.

E é claro que uma vida sem harmonia torna-se miserável, trágica, um fardo que temos de carregar de algum jeito, um martírio. O máximo que se pode fazer é aliviar esse sofrimento. E são inúmeros os tipos de analgésico que existem por aí.

Não são só as drogas e o álcool — a chamada religião também tem servido como um ópio. Ela dopa as pessoas. E é claro que todas as religiões são contra as drogas, afinal elas atuam no mesmo mercado; lutam contra a concorrência.

(...)

As pessoas vivem sofrendo. Só existem duas formas para escapar disso: praticar meditação — ficar alerta, atento, consciente... o que não é nada fácil. É preciso garra.

O jeito mais barato é encontrar algo que deixe a pessoa ainda mais inconsciente do que já está, para que assim ela não consiga perceber a miséria em que vive.

Encontre algo que o torne totalmente insensível, alguma coisa tóxica, algo analgésico que o deixe tão inconsciente que você possa mergulhar de cabeça nessa inconsciência e esquecer a ansiedade, a angústia, a falta de sentido.

A segunda opção não é o caminho verdadeiro para se livrar do sofrimento. Ela só faz com que esse sofrimento fique um pouco mais confortável, um pouco mais tolerável, mais conveniente. Mas isso não ajuda em nada — isso não transforma você.

A única transformação acontece por meio da meditação, porque esse é o único método que torna você consciente. Para mim, a meditação é a única religião de verdade. Todo o resto é embromação.

(...)

Minha intenção aqui é levar você a superar o sofrimento. Não há por que se conformar com ele; existe uma possibilidade de você se ver livre desse sofrimento. Mas o caminho é um pouquinho mais pedregoso; é um desafio.”

Muito bom!

Namaskar!

sábado, 19 de março de 2011

Amor

Amor

“Deus é alegria. Deus é amor. (...)”
Swami Shivananda

Existem diferentes manifestações do amor. Amor de pai, amor de namorado,amor de irmão, amor de amigo..

Observo que existem diferentes níveis de amor. Quanto mais incondicional este sentimento, maior sua profundidade. Você pode dizer para alguém que o ama, mas se este alguém com o tempo perde sua beleza, ou perde seu dinheiro, ou sua fama, então o "amor" desaparece..

Um monge Zen uma vez escreveu que não podemos dizer que amamos chocolate. Este sentimento por chocolate não é amor. Da mesma forma quando sentimos atração física por alguém, também não podemos dizer que amamos esta pessoa.

Uma vez perguntaram para meu Guru, qual seria a maior manifestação da prática meditativa? Ele respondeu:

“O desenvolvimento de amor por todas as coisas.”

O mestre Osho no seu Livro Orange diz que meditação é estar em estado de amor. O coração da meditação é o estado de êxtase onde se vive a forma mais profunda de amor.

Por isso que acho que o yoga é revolucionário. É o despertar deste amor que irá mudar o mundo. Este amor pela humanidade e pela Criação fez nascer grandes seres neste planeta. E este amor nutriu e direcionou a missão deles...

Ao meditar
Deixando este mundo
Acalmar a mente
Esquecer de mim
Meus medos, desejos, aflições.

Deixando o mundo
Abraçando o mundo
Além da forma
Amar todas as coisas.

Quando alcanço o meu coração
Alcanço tudo...

Namaskar!

Mahavir

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Kill the Buddha

No oriente, a relação mestre/discípulo é algo sagrado. Talvez mais importante do que qualquer outra relação neste mundo. Ao encontrar um mestre verdadeiro, o discípulo entrega sua vida a ele e o mestre da mesma forma se esforça ao máximo em ajudar no crescimento do discípulo.

Nesta relação existe um forte respeito pelo mestre. Se o mestre chega e lhe dá um tapa na cara, você não revida. Você recebe o tapa e procura entender o porquê daquilo.

Nada! Nada que o mestre faz é sem significado! Se ele é realmente um mestre, tudo tem um porquê.

Qual a importância desta dinâmica?

No caminho do yoga, ao praticar, muitas impurezas vem à superfície. Raiva, irritabilidade, paixões mascaradas, sede de poder, vaidade..e por aí vai. Neste processo tem o momento que o mestre vai ser o alvo de todas as nossas misérias no caminho. Existe uma forte tendência de quando estamos no meio deste processo de purificação, que às vezes é bem intenso, descarregar tudo na figura dele. Ele que te inspira e te iniciou no caminho, que quer o seu bem e seu desenvolvimento, passa a ser o grande vilão e responsável por tudo.

Por isso, na tradição milenar do Yoga na Índia e também na China e Japão, o discípulo não “descasca” em cima do mestre!

O mestre, com certeza, procura sempre dar suporte e apoio, mas também não fica carregando o discípulo como um bebê de colo. Neste processo de purificação o mestre sabe que certas coisas só o discípulo pode resolver. Certas questões o mestre não pode resolver e só cabe a ele deixar seu aluno sozinho!

Ali, nesta solidão, o aluno constrói as suas bases. E vê que toda aquela tempestade era algo passageiro e que o mestre sabia disso. O mestre ajuda o aluno até, a desconstruir o próprio apego à imagem do mestre.

No Zen se fala: “Se você achar o Buddha, mate o Buddha!”

Infelizmente, observo que os alunos, falando aqui como professor e não mestre, na primeira dificuldade, na primeira contrariedade, já corrompem essa relação. E na maioria das vezes, de uma forma, que não tem mais volta. Muito triste.

Triste porque quem perde é quem vai..

Como temos que aprender com o Oriente..

Muito.

Namaskar!

Mahavir

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Atma

Atma

Esta semana tive que parar um pouquinho para me recompor..

Numa de minhas aulas fui substituído pela nossa querida Atmajyoti. Essa moça que fez ano passado o TTC (Teacher Training Course) no Ashram Sivananda na França, foi a minha primeira aluna que se prontificou a seguir meu sistema de dar aulas. Ela ainda está em treinamento no nosso método, porém seu empenho e dedicação já demonstram grandes chances de sucesso!

Aqui está uma mensagem da Gunatiita escrita após fazer a aula da Atma ontem:

“Hoje as 5:00 da tarde, a luz e a força da Samgha continuavam brilhando, mesmo sem a presença física do nosso mestre querido.

Obrigada Atma! Você consegue transmitir o mais valioso e importante de nossa Samgha, a sua essência!

Namaskar!”

Dominar a técnica pela repetição incansável, para assim assimilar e emanar e essência do Yoga.

Namaskar!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Mimados

Sábado, 12 de fevereiro de 2011.

Mimados

Uma das formas que o Senhor castiga uma alma é mimando-a. Ser mimado por alguém ou pela vida não é sinal de bom karma. O mimo mata o espírito. As facilidades corrompem e envenenam corpo, mente e espírito. Ao ser mimado o Ego é fortalecido até ficar duro que nem pedra! E quem é sábio já concluiu categoricamente que todo o sofrimento vem daí. E uma pessoa assim é insuportável! As pessoas não conseguem conviver com ela nem ela com as pessoas.

A psicologia ocidental que me desculpe, mas tem horas que penso: “Nesse caso o melhor seria o método dos mestres indianos: Vara de bambu!” Sem muito blá blá blá e direto ao ponto. Resolve!!! Funciona!!!

Por isso, que acho tão eficiente, em alguns casos a prática marcial. A foto que coloquei acima é de uma luta de Kendo. Depois que você leva uma porrada com uma espada daquela na cabeça você fica humilde na hora... pianinho...

Outra reflexão sobre arte marcial é sobre a canalização da raiva. Existem casos, que existe tanta raiva armazenada na mente e no corpo do aluno que só yoga não vai ser suficiente. É preciso primeiro descarregar aquela raiva. Pra isso uns berros de karate ajudam muito. Uns chutes e socos no saco de bater ajudam muito! Usamos em sala a técnica yogue do SOPRO HÁ que teria o efeito semelhante.

Depois é necessário investigar a origem daquela raiva. Pra isso um pouquinho de terapia pode ser muito bom.

Recebendo uma cacetada do seu mestre, ou de um adversário, na verdade, cedo ou tarde, a vida aplica a sua vara de bambu. Ela começa com a vara de bambu. Depois vem de madeira.. Depois de metal.. por último..por isso, não façamos muita besteira nessa existência..vem a espada samurai..Ali as cabeças rolam e não tem mais volta!

É o Senhor Shiva com sua consorte Kali transformando e purificando tudo com sangue e fogo!

Por que os mestres usam isso? Por que os mestres usam a vara de bambu? É melhor tomar a vara do seu mestre do que sofrer muito, por muito tempo na vida.Por isso...educar é amar.

"Sofrer no treinamento para não sofrer na batalha!"

Ofereço este texto, com todo o meu coração, aos meus mestres samurais: Sensei Jorge Kishikawa e meu professor Senpai Wenzel Böhm. A minha experiência inesquecível no Instituto Niten. Muito obrigado!

Namaskar!

Dualidade

Domingo, 30 de janeiro de 2011.

Dualidade

Yoga é a busca pela unidade. Este Universo é dual. Sem a dualidade não é possível a Criação. Então a Entidade Suprema para se manifestar precisa da dualidade.

No processo evolutivo, quando retornamos ao princípio, voltamos para Deus, as dualidades se desfazem. Baba Nam Kevalam! Só Ele existe!

No caminho, principalmente na prática meditativa, observamos que todo o sofrimento vem da dualidade. A unidade trás a Paz..na unidade tudo é perfeito! Até a imperfeição!

Quando nos aprofundamos no Yoga, na prática meditativa, ou nos ásanas, buscamos esta unidade. Quando estamos inteiros na prática, no corpo, na respiração, no ásana, estamos em yoga e desfrutamos de algo muito, muito especial.

Porém a prática não é só isso. A prática é justamente o oposto! A dispersão, a agitação, a inquietação, a escuridão, a derrota.

Se você encontrar um ser iluminado, andando nas nuvens e brilhando como um Sol, pode ter certeza, aquele estado só foi alcançado depois de ter encarado a sua própria sombra, encarado os próprios demônios e, muitas e muitas e muitas vezes, se deparado com a derrota, a queda e a dor.

Na busca por iluminação temos que abraçar o nosso lado obscuro. Abraçar totalmente as nossas dualidades. Abraçar totalmente nossas inquietações!

Eu sou isso! Neste momento eu sou isso! Feliz estou assim, e me aceito plenamente desta forma!

Enquanto não houver o acolher de você plenamente, enquanto houver uma parte de você com que você ainda luta contra, irá existir dualidade, e está dualidade só irá gerar mais e mais sofrimento, mais e mais inquietação.

A primeira etapa para se libertar de algo em você, é estabelecer a plena aceitação daquilo como parte sua, como algo que tem uma função de existir, como algo que, como tudo que existe neste Universo, um dia vai se dissolver no Todo...

Paz..Paz..Paz..

Namaskar!

Mahavir

domingo, 23 de janeiro de 2011

"O mundo é o culpado!"

“O mundo é o culpado!”

No livro “As Sete Leis Espirituais do Sucesso”, o autor Deepak Chopra, coloca como um dos princípios de prosperidade, a Lei da Responsabilidade.

Quando estamos em crise, quando as coisas não vão bem, ou quando algo ruim acontece podemos reagir de duas formas. Uma delas é reclamar de tudo e se colocar como uma vítima de Deus e o mundo. “Eu tô assim porque fulano fez isso.” “Eu tô assim porque aconteceu aquilo comigo.” E por aí vai... O mundo é o culpado!!

A outra forma, bem mais positiva é:“O que eu estou fazendo de errado? O que eu fiz de errado para estar nesta situação agora?”

A lei da Responsabilidade, ligada ao princípio de Karma, está baseada no conceito de que nada que lhe acontece, de bom ou ruim, acontece por acaso!

“Colherás aquilo que plantou.”

Por que isto é importante? Porque enquanto você não abraçar plenamente este conceito, continuará preso em ciclos, e ciclos, de altos e baixos da vida. Enquanto não houver uma mudança na forma como nos comportamos e agimos, e no entendimento das nossas ações e abordagens mentais, estaremos amarrados a um mesmo padrão de muito sofrimento e dor.

Enquanto culpamos os outros pelas nossas misérias deixamos de entender o que está acontecendo.

ISSO NÃO É FÁCIL!! Digo isso porque ter uma visão de nós mesmos é extremamente difícil! E quando nem existe esta intenção aí a coisa fica muito, muito complicada! Neste momento, o outro, é nosso grande aliado. Amigos ou inimigos, todas as pessoas com que nos relacionamos estão, constantemente apontando para o que estamos fazendo de errado. A vida está constantemente dizendo, na sua forma silenciosa, o que estamos fazendo de errado. Mas para receber estes sinais devemos estar abertos e receptivos a eles.

Este Universo segue leis bem definidas. Enquanto não entendermos estas Leis, enquanto não compreendermos e segui-las, continuaremos passando por muito e muito sofrimento.

Por isso o yoga é tão importante.. Ele nos ensina o que fazer, o que não fazer. Onde mora o sofrimento e onde mora a libertação. Como ser verdadeiramente próspero nesta existência.

O Senhor Buddha estabeleceu as 4 Nobres Verdades:
• A existência do sofrimento
• O origem do sofrimento
• A possibilidade de eliminação do sofrimento
• A existência de um caminho para isso

Estude..pratique...reflita..reflita.. e liberte-se!!!

Vamos juntos!

Namaskar!

Aniversário de Iniciação

Aniversário de Iniciação

Faço hoje 20 anos de yoga.

Em 1991, meu primeiro mestre, Acharya Phanibhushanananda, me iniciou em meditação e me passou uns ásanas para fazer em casa. Foi assim que comecei.. Praticando em casa, sozinho..

Ainda me sinto um iniciante no Oceano vasto e profundo do yoga..

Agradeço profundamente todos os mestres e principalmente meu Guruji que me guia silenciosamente em cada passo meu.

“Um passo na direção de Deus, dez passos Dele na sua direção..”

Namaskar!

Doente

Uma vez um repórter alemão perguntou ao Dalai Lama:
“Se vc é realmente a reencarnação do Buddha da compaixão por que o senhor usa óculos?”
O Dalai Lama riu e respondeu:
“Meu filho, até o Senhor Buddha veio para este mundo, viveu, adoeceu e morreu.”
As pessoas fazem cada pergunta né?
Namaskar!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Deixa o Sol Entrar

Quarta-feira, 5 de janeiro de 2010.
Deixa o Sol Entrar
Mensagem do meu querido aluno, amigo e irmão Charles Moeller, uma das pessoas mais inteligentes, amorosas e brilhantes que conheci nos últimos tempos. Palavras que me emocionaram profundamente. Muito amor...
“(...)OBRIGADO meu querido mestre, como te disse hoje, 2010 foi o melhor dos últimos 2010 anos graças a você! (...)Quando te conheci tava doente e sangrando, hoje estou solar e esvaziando dia a dia , Day by Day, step by step e experimento hoje um estado anestésico que aplaca e acalma o meu dia a dia. Não ancoro mais em saudades de uma vida ilusoriamente farta e feliz! Tinha tudo que sonhei (...) e estava tristonho e era só ansiedade. Saudade de um futuro que nunca viria ! Hoje não mais. Soltei as amarras e estou à deriva e abri mão de tudo que era estabelecido por mim como certo , feliz e seguro e mudei de estrada, chutei o pau da barraca e Sol através de você entrou!
Hoje te falei isso, mas quero deixar claro que não projeto em você a minha cura, pois não te santifico, pelo contrário! Pra mim onde mora a sua divindade é no paradoxo, mora no seu cotidiano, não quero que você esteja num altar pra meu benefício ou benefício da Samgha e nem acho justo projetar em você uma idealização de mestre e guru! Você é mestre sim ,e faz às vezes de guru também, mas é muitas outras coisas!! Uma pessoa de fé, com alma, ânimo e atitude, calma, tolerante , firme e que exala coerência o tempo inteiro! Mas não tá na índia ou em Jerusalém, nem na Grécia, no Olimpo. É próximo do meu mundo, mora em Copa, adora se cafeinar no Starbucks , (...). Tem duvidas e se questiona se esta no caminho certo, e por isso tem alma e ao entoar um mantra ou repetir a mesma e inspirada aula diariamente estabelece o divino! Sabe meu irmão amado isso pra mim é DEUS ! É essa a divindade DUAL e complementar que é fascinante! Clube da Luta ! O divino não existe sem o humano. É necessário um pouco do mundano do cotidiano pra nos mostrar que vivemos num mundo real. Esse côncavo e convexo que fazem um circulo de luz em sua volta
Quando estava na cerimônia (...) pensava o tempo todo coisas opostas mais complementares :
- Que nada de mal aconteça com ele ! Pois ele é tão divino e tão humano e tão iluminado! Frágil e tão forte e esta cansado. Parece inatingível mais é magoavel e sensível!
Orei muito naquela noite quando cheguei e pedi ainda peço pra que nada o atinja nunca , pois você é importante pra mim e pra todos da Samgha e pro mundo !
Que nada nos enfraqueça, e que a gente permaneça juntos, esvaziando e atentos, e visualizando esse estado de felicidade pois sei que desfrutaremos juntos um tempo da delicadeza onde “Valeu” não seja “Muito obrigado"; “ Foi mal” não seja "Me desculpa" e principalmente “Eu também” não seja a resposta pra : Eu te amo!
Conte comigo pra tudo, estou aqui pronto, atento e forte, firme, guerreiro de luz, por você e pra você!
Uma honra ser escolhido em tão pouco tempo pra ser da sua Samgha! Do seu Clã de luz! E se formos três ou trezentos; tanto faz! O importante é pertencer ! Um lindo 2011 pra você. Se somos suas pedras preciosas, você é fio de ouro que nos une como uma Jóia -Mala, e é você que nos mantém unidos e brilhando ! Você é o principio, o meio e o fim , pois é a razão!
Namaskar”

Lokah Samastha Sukhino Bhavantu

Lokah Samastha Sukhino Bhavantu
Que todos os seres em todos os lugares sejam felizes

O que é Yoga?

Yoga é uma prática milenar que envolve inúmeras disciplinas,
dentre elas a prática dos ásanas, as posturas de yoga. Os ásanas fazem parte do
Hatha Yoga que é a forma do yoga mais conhecida no Ocidente. Além do Hatha Yoga
encontramos outras práticas como a meditação, o kirtan (canto de mantras), o estudo da filosofia e dos textos sagrados,
as práticas de purificação, a conduta yogue...

A meditação é a alma do yoga. Tudo que existe no yoga é para
aperfeiçoar a prática meditativa. É através da meditação que os yogues realizam
o significado mais profundo do termo Yoga:

“Samyoga Yoga Itiyukto Jivatma Paramatmanah”

Yoga é o estado de união da alma unitária com a Alma
Suprema, com Deus.


Yoga Samgha

Samgha significa associação. Quando yogues se reúnem para praticar juntos temos uma Samgha. Hoje, mais do que nunca precisamos de uma Samgha para praticar. A força que é gerada por esta associação faz com que nossas práticas se tornem cada vez mais fortes e profundas. Umas das orientações de grandes mestres do yoga é a importância de satsamgha, boa companhia. A boa companhia torna nosso caminho mais fácil.

Orientações para a Prática do Yoga

• Traga sempre uma pequena toalha para a prática.
• Procure praticar com roupas mais justas. O ideal é praticar com o joelho de fora e camiseta sem manga.
• Respeite o espaço físico e psíquico do yogue ao seu lado.
• Praticar de barriga vazia
• Não beber água durante a prática.
• Evite tomar banho, beber ou comer logo após praticar. Deixe um intervalo de 20 a 30 minutos.
• Atenção durante a prática, siga as orientações do professor.
• Se surgir cansaço pare. Não seja agressivo com seu corpo.
• Durante o período menstrual pratique de forma mais suave. Nestes dias não deve se praticar os ásanas de inversão (Sarvangásana, shirshásana...) .
• Evite sair mais cedo. Caso seja necessário sair anteS do início do relaxamento do grupo. Ao sair avisar o professor.
• Estar sempre vazio.Tenha sempre uma postura humilde junto ao seu professor. Nunca traga à mente a idéia que já tem plena compreensão do que está sendo ensinado. Até mesmo informações que já foram ouvidas inúmeras vezes.
• Qualquer sinal de desconforto durante a prática informe ao seu professor.

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