24/5/2009.
Sofrer ao resistir
Shavásana, a postura do morto. Todo final de prática entramos em relaxamento. Aí está um dos momentos mais importantes da prática. Em shavásana absorvemos todos os benefícios dos ásanas. O relaxamento é quase uma arte por si só. A arte de relaxar.
Em shavásana pratica-se o não agir, a não-resistência o estado de não-mente. Enquanto nos ásanas, parte do corpo está ativa, em shavásana, todo o corpo e a mente estão em estado de repouso. Observar o corpo e a própria mente é fundamental. Identificar a resistência. “Meu ombro está se afastando do chão. Meu pensamento vai para fora da prática e meu ombro tenciona. Respiro e desfaço a tensão. Permaneço tranqüilo e presente”.
O exercício de não resistência em shavásana pode ser aplicado em todas as situações onde as coisas não estão ocorrendo como gostaríamos. O autor do livro “O Poder do Agora”, Eckhart Tolle, está certo quando diz que aumentamos nosso sofrimento por resistir. Ele diz que acreditamos que ao resistir a algo iremos mudar a nossa situação. E o que ocorre é o contrário. Ao resistir entramos num estado de inquietação que nos torna consideravelmente menos aptos a realizar qualquer mudança.
Relaxar, não-resistir, não-mente, não é fácil. Mas a cada prática estamos cada vez mais próximos deste estado. E a cada prática conseguimos levar cada vez mais o yoga para o nosso dia-a-dia.
Namaskar!
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